sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Comunhão Fechada: Testemunho... Hermann Sasse (The Lonely Way - Vol I)

Comunhão Fechada: testemunho de teólogos luteranos ao longo da história

Autor: André dos Santos Dreher


SASSE, Hermann: The Lonely Way, Vol I. [O Caminho Solitário] (75)

Culto é Público, a Santa Ceia não
O Dr. Hermann Sasse lembra que o culto é público, que toda pessoa pode participar do mesmo, ouvir a Palavra de Deus que ali está sendo anunciada. A pregação é destinada a todos os presentes. Mas ele afirma que “a Santa Ceia nunca foi para todos, somente para os que foram batizados e, posteriormente, confirmados”. (76)

Comunhão Eclesiástica é Comunhão de Altar (e vice-versa)
Sasse, em nota de rodapé faz o seguinte comentário, “Comunhão Eucarística é comunhão de Igreja. Por essa razão, na medida em que tomam suas confissões de forma séria, várias igrejas confessionais recusam mutuamente a admissão à Ceia, em princípio. [...] Dessa forma Luteranos não negam aos Reformados o nome ‘irmão’, mas os admitem à Ceia apenas quando eles tiverem renunciado suas doutrinas falsas. Esta é em todo caso a prática eclesiástica correta”. (77)

Ainda sobre o mesmo assunto afirma, “‘A participação no corpo de Cristo’ (1Co 10.16) significa ao mesmo tempo participação no verdadeiro corpo do Senhor, que nos é dado
na Ceia, e ser membro da Igreja como membro do corpo de Cristo. A Igreja Evangélica Luterana sempre tem entendido isso dessa forma, quando ela derivou de 1Co 10.16 o princípio de que comunhão de igreja é comunhão de altar, e comunhão de altar é comunhão de igreja”. (78)

Igualmente o Dr. Sasse afirma, “Assim como há apenas um Cristo, há apenas uma igreja, a qual é Seu corpo; apenas um Batismo, por meio do qual nós somos batizados para dentro de um corpo, através de um Único Espírito; apenas uma Mesa do Senhor, na qual todos nós recebemos um único pão e, portanto, temos a comunhão com o corpo de Cristo. Disso segue que a comunhão de igreja é comunhão de altar. [...] Comunhão de altar só é possível onde já existe uma comunhão real de igreja” . (79)


Notas:
75 SASSE, Hermann. The Lonely Way: selected essays and letters. Vol I. Traduzido para o inglês por Matthew Harrison. Saint Louis: Concordia Publishing House, 2002.
76 Idem, p. 480.
77 Idem, p. 426-427, nota nº 107.
78 Idem, p.467.
79 Idem, pp. 332-33. Ênfases no original.


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