No que diz respeito à prática da comunhão fechada na Santa Ceia, nos dias de hoje a Igreja Evangélica Luterana está sofrendo o forte ataque das ideias liberais e relativas do pós-modernismo. E isso acontece em várias denominações cristãs. A verdade é vista como relativa. O egoísmo e pensamentos politicamente corretos querem imperar. A prática histórica e ortodoxa da Igreja Luterana da comunhão fechada tem sido atacada por muitos flancos. Alguns parecem ter medo ou vergonha de falar e ensinar o que cremos, ensinamos e confessamos. Outros têm receio de serem ofensivos aos visitantes. Fica evidente que a ideia do marketing tem começado a entrar em cena.
Com a Igreja Antiga as coisas não eram assim. E a igreja, ao invés de decrescer, crescia cada vez mais. Veja o que diz o prof. Dr. Gene Veith, escritor e membro da Igreja Luterana Sínodo de Missouri, EUA:
“A Igreja primitiva não era dirigida por marketing. Não fez um programa especialmente facilitado para o usuário do Cristianismo. Os não-crentes podiam assistir ao culto da pregação, mas tinham de sair quando se celebrava a Santa Ceia. Os convertidos tinham de passar por abrangentes e extensas catequeses e exames antes de serem aceitos pelo batismo. [...] Não obstante, pelo poder do Espírito Santo, a igreja cresceu como fogo”. (VEITH Jr., Gene Edward. Catequese, Pregação e Vocação in Reforma Hoje: uma convocação feita pelos evangélicos confessionais. Cambuci: Cultura Cristã, 1999, p.83.).
A ideia do marketing é agradar ao cliente. Prega-se e faz-se o que o cliente quer, já que o “cliente é quem manda”, “o cliente sempre tem razão”. Veja abaixo o relato de Veith. Ele lembra que seu pastor foi orientado em uma palestra a parar de pregar sobre o pecado. Imagine qual seria a consequência disso para a doutrina e prática da Santa Ceia, pois Jesus disse, “este cálice é a nova aliança no meu sangue, derramado em favor de vós para remissão dos pecados”.
Veith diz, “A tentação de pregar o que as pessoas querem ouvir é sempre grande, mas hoje em alguns círculos isso quase se tornou um princípio homilético. Meu próprio pastor conta de ter assistido a uma conferência sobre crescimento da igreja em que foi dito: ‘Não preguem mais sobre o pecado. As pessoas não querem ouvir isso. Vocês precisam dar-lhes uma mensagem positiva’”. (Veith, p.89.)
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